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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Baiana Nhá Ana...


A mucama mais jeitosa!


Ana Cecília era uma mucama que trabalhava na casa de uma família importante do Recôncavo Baiano. A família possuía propriedades na cidade de Cachoeira e São Félix, mas a casa principal ficava em Salvador. Eles eram uma família de portugueses, que se mudaram para o Brasil no final do século XIX. Ana começou a trabalhar com eles ainda criança, quando a mãe era a babá dos sinhozinhos. Ela auxiliava a cozinheira e a arrumadeira da casa. Como Ana era calada e jeitosa com as coisas se tornou a mucama das senhoras da casa.
Em Salvador, Ana gostava de participar das festividades de Nosso Senhor do Bonfim e sempre pedia permissão aos patrões para ir à Igreja. Sua vida era assim: simples e tranquila. Até o dia em que defendeu suas senhoras de um grupo de ladrões... Elas estavam saindo da Igreja e desciam tranquilamente a rua calçada em direção a casa. Os assaltantes pediram os pertences das senhoras e apontaram as pexeiras. Ana assustou-se e atirou-se a frente das madames. Ela foi apunhalada pelos agressores, que fugiram em seguida. Como Ana gostava muito da família com quem trabalhava, não queria que nenhum mal lhes acontecesse.
As mulheres se desesperaram, pediram ajuda e Ana foi socorrida, mas não resistiu. Ela morreu ao chegar ao Hospital da Capital. Assim, a Baiana Ana findou uma etapa de uma uma vida simples, mas honrada. Quando acordou em Aruanda, estava feliz, pois cumpriu sua missão de vida. Ela foi convidada a atuar na Umbanda como uma baiana que trabalha na Linha de Nosso Senhor de Bonfim.

Baiano Tomás...



Um Baiano que veio de Moçambique, mas era Português...



Kimojo-Ntoto nasceu na Ilha de Moçambique, no ano de 1583. Ele foi trazido ao Brasil ainda moleque, com 7 anos de idade. Os portugueses colonizaram Moçambique, assim como colonizaram o Brasil e Kimojo falava perfeitamente o português e seu idioma suaili. Quando os portugueses desembarcavam em Moçambique para fazer a coleta de mercadorias e o recolhimento do ouro, Ntoto os auxiliou no carregamento dos produtos.
Um dos portugueses gostou do menino e passou a chamá-lo de Tomás, em homenagem ao santo de sua devoção. Esse português, Dom Ignácio Boaventura, convidou o menino para acompanhá-lo em suas viagens marítimas. Conversou com a mãe do menino e conseguiu sua autorização. Assim, começou a história de Tomás, cheia de diferentes acontecimentos e aventuras!
Embarcaram em Moçambique com destino à Índia. Foram atacados por piratas próximo ao Porto da Somália, onde tiveram que permanecer alguns dias até se restabelecer. Na Índia, andaram por vários lugares em busca de iguarias. E depois foram ao Brasil, onde desembarcaram na Bahia de todos os Santos. Tomás estava encantado com tudo o que via e admirava-se cada vez mais com a vastidão do mundo. Ele e Ignácio ficaram muito apegados e trocavam conhecimentos de suas tradições. Ambos passaram a viver como pai e filho.
Tomás viajou para muitos lugares com Dom Ignácio. Conheceu Portugal e toda a Europa e tornou-se uma pessoa culta. Quando estava com 15 anos, Tomás retornou a Moçambique e convidou sua mãe para viajar com ele, mas ele tinha irmãos e a mãe não queria deixá-los. Ele também não queria ficar em Moçambique. Foi a última vez que viu sua mãe. Depois disso estabeleceu-se no Brasil e se tornou o braço direito de Ignácio na adminstração do comércio de ouro, pau-brasil e outros produtos.
Aos 22 anos Tomás conheceu Sueria, que era uma escrava de origem banto e tinha 18 anos. Pediu a Ignácio que a comprasse e a alforiasse para que eles pudessem se casar. Tomás e Sueria viveram bem até 1625, quando Ignácio veio falecer e eles foram "confiscados" pelo Governo de Portugal como parte das posses dos herdeiros. Tornaram-se escravos da coroa, juntamente com seu 3 filhos. Foram separados e vendidos. Tomás tentou fugir diversas vezes, mas foi morto no tronco, no local onde hoje fica o Pelourinho. Sueria morreu 2 anos depois de tristeza. Os filhos de Tomás e Sueria foram vendidos para fazendas diferentes no estado das Minas Gerais.
Esse baiano de fala mansa, tranquilo e jeito filosófico, gosta de dar conselhos e ensinar. Possui o dom de penetrar a aura das pessoas e de entender seus sentimentos. Sempre aconselha o crescimento espiritual, o estudo e a compreensão. Tomás é um trabalhador amoroso da Umbanda Sagrada!

Rosalinda: a Flor do Sertão!


Uma baiana que não era baiana.

Povo Baiano agrupa os trabalhadores espirituais que viveram no Nordeste Brasileiro, pois os estados nordestinos pertenciam à Bahia no começo da Colonização do Brasil. Por isso, a baiana Rosalinda não nasceu na Bahia. Ela nasceu no sertão nordestino, no estado de Sergipe, numa Vila entre o estado da Bahia e de Alagoas. Essa região hoje se chama: Canindé de São Francisco. Desde que nasceu, com as bochechas bem rosadas, sua mãe lhe chamou de Rosa e seu pai de Linda, por isso recebeu o nome de Rosalinda. Mas, todos costumavam chamá-la de Rosinha. Ela nasceu no ano de 1889, um pouco antes da Proclamação da República e quando Sergipe, enfim, tornou-se um estado brasileiro. Seu pai era um mameluco que trabalhava como vaqueiro nas margens do Rio São Francisco e sua mãe era uma filha de escravos que trabalhava como bordadeira. Viviam da pesca, do gado, do artesanato e se alimentavam de plantas nativas da caatinga.
Rosalinda foi uma moça esperta e alegre que sempre auxiliou sua mãe nos trabalhos domésticos. Também gostava de ajudar seu pai na lida com o gado. Amava a vida que levava: tranquila, a beira do Rio São Francisco e cheia de riquezas naturais. Um dia, alguns cangaceiros cruzaram suas terras e se encantaram com a beleza da moça. Um dos rapazes a convidou para seguir com ele no bando, mas ela recusou. Rosinha não queria se apartar de seus pais e não queria deixar a vida que levava. O Chefe do bando não mexia com moças virgens, respeitava, pois tinha uma filha da mesma idade. Mas, o rapaz, não suportou ser rejeitado e começou a ameaçar a moça. Vendo que seus familiares corriam perigo, pediu aos pais para seguir com o bando, alegando estar apaixonada pelo moço. O pai de Rosalinda, no começo recusou e falou que isso não era vida para uma moça. A mãe chorava muito... Por fim, aceitaram, desde que ela nunca saísse do acampamento dos cangaceiros e que não se juntasse a eles nas contendas. Rosinha concordou, despediu-se dos pais e seguiu com o bando. Seguia cheia de tristeza em seu coração. Sonhava se casar por amor. Jamais pensou em ser forçada a se casar, pois seus pais eram muito bons para ela. Ela correu com o bando por várias localidades e sempre se manteve no acampamento. O rapaz fazia de tudo para agradá-la, porém ela não esquecia a família. Após de um ano viajando Rosalinda estava prestes a dar a luz. Na beira de uma estrada nasceu um menino e ela não resistiu ao parto. Morreu de dor, de tristeza e de hemorragia. O menino cresceu com o pai e se tornou um dos cangaceiros mais respeitados da região, lutando pela justiça dos menos favorecidos. Depois dele vieram outros, como Lampião, que se tornou o Cangaceiro mais famoso da história do Brasil.
Por algum tempo o espírito de Rosalinda vagou, ligado ao menino que nasceu e buscando a família... Mas, depois foi recolhido ao Reino de Aruanda. Ela se tornou mais uma trabalhadora na Falange das Baianas. Trabalha na Linha das Águas, distribuindo amor e alegria a todos a quem atende.

Baiana Sete Saias



A Baiana Sete Saias nasceu no norte da Bahia num vilarejo chamado Pilão Furado. Era de uma família muito pobre, até que um dia sua mãe, Baiana Dolores, vendeu sua filha para uma dona de cabaré, Dona Carlita, por alguns fardos de arroz, feijão, camarão seco e banha de porco, para alimentar seus outros filhos, Maria Baiana Sete Saias, Maria Saias, Zé Sete Facão, Baiana Sete Coco. 
Sua mãe chorava muito, pois Sete Saias era a mais velha dos filhos a quem ajudava muito nos trabalhos do lar e na pesca de camarão. Ela se despediu da família e foi morar com a dona do cabaré Carlita. 
Sete Saias conta que não era mulher de cabaré, mas sim ajudava a dona Carlita na cozinha, e com os fregueses. Fazia muitas comidas como bobó, acarajé, vatapá, e outras iguarias, até que certo dia um rapaz moreno claro, olhos castanhos, cabelos cacheados e muito belo , começou a frequentar o cabaré. 
Quando Baiana Sete Saias avistou ele, foi paixão na certa, ela nunca tinha namorado. A dona do cabaré tinha muito ciúmes dela com os clientes, por ela ser muito bonita, morena com cabelos até as costas, olhos castanhos claros, sábia, educada, recatada e não aceitava nem um namoro da baiana, mas eles foram se vendo cada vês mais. Ele muito apaixonado pediu sua mão em namoro para dona Carlita. Ela disse não “nem pensar tu tá doido cabra da peste” e proibiu Baiana Sete Saias, de servir o belo rapaz apaixonado. 
Eles não se aguentavam mais de saudades quando marcaram um encontro através de sua amiga Baiana Flor. Ela escreveu um bilhete para Baiana Sete Saias e entregou ao rapaz ela disse “meu amor não consigo ficar sem você quero fugir, vamos?” Então ele respondeu “vamos amorzinho hoje de madrugada”. Naquela noite ela se deitou para dormir, mas não dormiu então quando todos foram dormir sua amiga disse: “vamos, seu amor te espera”, Baiana Sete Saias saiu rapidamente. Lá fora com um burro na carroça esperava seu amor João do Cangaço, eles saíram em disparada com o burro, mas depois de mais ou menos 30 quilômetros, dona Carlita veio atrás de cavalo correndo em disparada chamando Baiana Sete Saias aos gritos. Ela olhava para trás e dizia “vamos ela esta perto de nós vamos, vamos!” 
Em desespero eles não viram um brejo muito fundo e caíram lá. Num piscar de olhos suas vidas se foram por amor, sua dona Carlita chegou até o brejo e não avistou nada. Gritava, chorava e dizia “agora eu te dou sua liberdade”. 
Baiana Sete Saias morreu com 27 anos, virgem. 
Hoje, na Umbanda em evolução fazer a caridade entre o bem e o mal. 
Seus filhos geralmente tem medo de acidente na estrada sem saber o porquê deste medo. 

Ponto de Baiana Sete Saias

Maria baiana tem sete saias,
Para trabalhar na Umbanda.
No meio das sete saias,
Tem uma que tem mironga.
Baiana faz e não manda,
Não tem medo de demanda,
Baiana feiticeira,
Filha de Nagô,
Trabalha com pó de pemba,
Pra ajudar Babalaô.
Baiana sim,
Baiana vem,
Quebra a mandinga com dendê.
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