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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Assentamento para os Baianos


“Lá na Bahia não se brinca com Baiano... Quebra coco, arrebenta a sapucaia, quero ver quem pode mais...” Saravá os Baianos. Quando estes chegam ao terreiro é só festa, mas saiba uma festa séria, com sentido e bom senso. Com a alegria e o desprendimento típico baiano, estes mensageiros conseguem desbloquear nossas defesas e nos envolvem em seus trabalhos, conseguindo assim com seu jeitinho o objetivo que é falar ao nosso coração.
Penso que o Sr. Zé da Peixeira já deixou bem claro como se fundamenta a Linha dos Baianos, que não é composta só por baianos, mas sim por brasileiros. Vale reforçar que quando vemos em algumas regiões manifestando gaúchos tomando chimarrão, noutro capixaba etc., ali temos espíritos daquela região usando a forma local para melhor se aproximar dos fiéis, porém estão sustentados pelo Grau Baiano.


Assentamento da Linha de Baianos:

Materiais:

01 Alguidar médio;
14 coquinhos;
01 coco seco;
07 fitas do Senhor do Bom Fim;
Azeite de Dendê;
01 Quartinha;
01 copo de Batida de coco;
01 cigarro de palha;
01 vela 7 dias bicolor amarelo/preto.

Encha até a metade da quartinha com azeite de dendê, feche e amarre uma fita de cada vez dando 7 nós fazendo seus pedidos e orações, ao amarrar faça o nó uma fita do lado da outra, para ficar envolvendo toda a quartinha como se tornasse uma saia. No alguidar coloque o coco, envolta do coco coloque os 14 coquinhos. O copo de batida fica ao lado da vela, acenda o cigarro de palha e dê três baforadas, toda semana você firma este assentamento acendendo uma vela palito bicolor amarelo/preto.

Oração de assentamento:

“Divino Criador, Divinas Forças Naturais, Divinos Orixás, neste momento vos evoco e peço que imante este assentamento, consagre e o torne um portal por onde os baianos do astral possa se manifestar, servindo de minha proteção e chave de acesso aos africanos de acordo com o meu merecimento. Peço que a força dos baianos esteja presente e receba minhas vibrações.”

Ps.: Este é um assentamento universal para a Linha dos Baianos, que pode ser consagrado a um Baiano específico ou deixar aberta de forma universal. Faça isto com fé e amor, terá ótimos resultados.

Salve todos os santos da Bahia!

As Curimbas



As Curimbas


Um dos fundamentos de vital importância para a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas). Outro é o fundamento dos pontos riscados ou Lei de Pemba.
Esses fundamentos surgiram na ritualística sagrada a partir do momento que o homem sentiu necessidade de buscar o sagrado através do elo que poderia dar a ele a chance de se libertar do materialismo e do vazio que existia em sua alma tão sofrida por seus erros.
Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi à música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Pois como eu já escrevi em outro artigo, a musica é sagrada e foi com ela que o Criador fez tudo que existe no universo. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo sócio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.
A Umbanda, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras do Brasil, observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magisticos. Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
Capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Preto-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá, a Umbanda e o Candomblé precedem todas as demais, razão pela qual as comandam. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magisticos, de forma que o responsável pela curimba deve ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.
Tem-se visto pessoas determinadas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual. Quem conhece bem a Astrologia Horária e a profundidade do Esoterismo sabe muito bem disso.
Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente). Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois se constituem em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins. Ou seja, assim como não se pode jamais mudar o signo de uma pessoa, não podemos também mudar o signo cabalístico de uma Entidade Espiritual. No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso, fé e amor de quem os compõe.
No entanto na maioria das vezes, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto e tristeza. São composições totalmente destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores Umbandistas.
Cantam curimbas por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Bombogira (Pomba-Gira) é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que o Orixá Nanã mora na lama dos rios; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais. Só levando em conta a parte lendária dessas Vibrações e se esquecendo do lado místico que realmente serve a Ritualística Sagrada. Mas em algumas ocasiões dependendo das necessidades de adaptações carmicas essas curimbas poderá até ter um efeito significativo, pois elas de certa forma falam de uma parte da historia das Entidades em seus caminhos evolutivos.
Outra coisa que se nota é que falta caridade e colaboração entre os irmãos umbandistas; sendo que alguns sacerdotes se acham donos de pontos cantados dizendo que só poderão ser entoados nos terreiros deles. Assim se esquecem que a Umbanda é universal. O que nunca se pode fazer é modificarem pontos que podem ser de raiz, estão sujeitos a serem desmascarados quando alguém toma conhecimento da origem e da real letra das curimbas. Mas o que incita a essas praticas de plagio é o egoísmo e a falta de união entre os irmãos de fé.
A finalidade dos pontos se encerram em: Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação;Pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá e outros mais, consoante à finalidade a que se destinam.
As curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvos de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que às utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Preto-Velhos, Caboclos, Exus e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda. Por isso quem sabe deve ensinar a quem não sabe e deixar de egoísmo ou egocentrismo, como se fossem a representação do orixá na Terra! A palavra principal é Humildade! Sem estrelismo.

A TRISTEZA DE PAI BENGUELÉ


Já fazia aproximadamente muitos anos que aquele médium assistia ao Pai Benguelé trabalhar naquela casa, afinal ele começara sua caminhada espiritual pelas mãos daquele pretinho, e toda a sua coroa foi se revelando pelos desenvolvimentos ministrados por ele, um após outro. E foi exatamente por conhecê-lo e saber da alegria daquele velhinho trabalhando é que o médium estranhou ao lhe ver taciturno.

Muito timidamente se achegou ao velhinho que ao perceber a sua chegada falou mansamente, chega cá fio, dá um abraço nesse nego veio. Ao se ajoelhar ele percebeu a tristeza que se estampava na face espiritual do bom velhinho e lhe perguntou:


Meu pai, eu nunca vi o senhor dessa maneira, externando tamanha tristeza, o que lhe acabrunha?


E o velhinho com os olhos marejados acaricia a cabeça daquele filho que sempre esteve junto a ele em todos os trabalhos mais importantes da casa, de demandas, de saúde e muitos outros, com candura começa a falar ao médium:


Fio o que Nego Véio está sentindo é algo muito profundo, foi se formando ao longo de muito tempo, e por mais que esse Véio avisasse ao meu Cavalo ele não consegue mais ouvir as minhas palavras, tudo tem se perdido no vento.

Toda aquela preocupação que meu fio tinha em cuidar de cada médinho separadamente, cada um com o seu carma, cada um com o seu problema, foi abandonada, totalmente esquecida, hoje meu fio trata tudo como se fosse um balaio de gato, como se todo mundo fosse iguá, todo mundo fosse fio do mesmo Pai e da mesma Mãe .

E aí o que acontece?

Meus fios tão cheios de quizila, marido e muié se separando, abandonando seus fios, irmãos de sangue em contenda e na casa a lei e a doutrina de Zambi e da Umbanda não está sendo cumprida.

As entidades da casa revela aos fios que vem em busca de ajuda, que as coisas que estão acontecendo na vida deles é por causa da sua missão espirituá e que eles precisam botar roupa branca e cumprir com essa missão, explica que eles precisam se desenvolver para que os seus santinhos possam chegar e prestar caridade, que precisam de estudo para facilitar essa caminhada e para meus fios saber separar o joio do trigo, afastando os zombeteiros, a mistificação e o animismo e que sem isso meus fios serão presas fáceis para qualquer obsessor, fazendo com que meus fios deixem de cumprir com as regras estabelecidas pela espiritualidade e que deve ser respeitada.

Aí os médinhos entram pra casa, e na primeira semana eles até cumprem com as regras, mais a partir daí eles começam a declinar, inventado desculpas para não cumprir com as obrigações da casa, que não tem tempo, que é o trabaio, que é o estudador.

Aí eles acabam indo somente no trabalho em que eles podem ser usados, nas sessões, justamente onde eles se deixam arrastar pelos desejos incontidos, até então freados, querendo beber, querendo fumar, pegando tudo que lhes vem a cabeça, com home querendo ser muié e muié querendo ser home, com a coluna curvada de tanta guia, uns querem chegar fantasiados, muitos nem tomam seus banhos de ervas, e quando chegam na casa, ao invés de se concentrar, de mentalizar seus mentores, eles discutem e riem em altos brados, abrindo seus espaços para entrada do lixo espiritual que busca espaço naqueles que ainda se encontram fragilizados.

E aí, o que faz meu cavalo?

Coitado ele ta tão preocupado com as festas, com os quitutes, com os convidados, com a quantidade que ta entrando e nem repara os que tão saindo, alguns pior do que quando entraram.

Então o que Nego Véio tem que fazer depois de tanto falar?

Deixar meu fio caminhá com seu livre-arbítrio, destruindo em anos o que a espiritualidade construiu em séculos, é muito triste e só resta a Nego Véio a esperança que meu fio volte a enxergá, que afaste do seu caminho a vaidade, o orgulho e o egoísmo e lembre do trato que ele fez com esse preto há tanto tempo.

Quanto a suncês Nego Véio espera que se unam cada vez mais em amor para com o próximo como disse Jesus, caridade a cada dia, de pensamentos e de obras, cada um tira a trave em seu próprio olho e deixa que Pai Benguelé tira a trave do olho desse fio cego.


Perdoa Nego Véio meus fios.

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